Nilson Ares
Literatura / Cultura / Produção Cultural
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
PARADO NA SUA
Esse jeito seu de olhar de lado
Me deixa encabulado
Parado na sua
Exilado na tua imagem nua
Infinito é cada suspiro
Que respiro desejo
Quando te vejo
E passo a viver do seu beijo
Eu me sinto assim
Meio sem mim, longe de você
Contando as horas, roendo as unhas
Louco pra te ver
Lá vem de novo
O amor bater a minha porta
Escancarada
Um perigo!
E traz você
Para estremecer a vida
De mãos dadas
Comigo
(01/2009)
terça-feira, 29 de junho de 2010
terça-feira, 9 de junho de 2009
A POESIA INFINITA DOS POLENS
Voltei para casa fecundo após o evento de lançamento do mais novo livro do nosso ilustre amigo Réginaldo Poeta Gomes, “O Encontro Mágico do Pólen”; a ponto de dar uma volta pelo dicionário e saborear o significado da palavra pólen e constatar que se trata de “espécie de fina poeira que esvoaça das anteras das plantas floríferas, e cuja função é fecundar os óvulos, representando, assim, o elemento masculino da sexualidade vegetal...” (Dic. Aurélio).
Descobri também que neste esvoaçar, o processo de polinização se dá de forma indiscriminada, ou seja, acontece também entre espécies de flores distintas, afastadas uma das outras, “sem se conhecerem”, pois o fenômeno acontece pelo vento, pela água ou pelos insetos que carregam esta ilustre poeira ao visitar outras flores em busca de néctar, ou por qualquer outro motivo que o pouco conhecimento que tenho das ciências naturais não foi capaz de me esclarecer.
O contato com o livro, com o poeta paraibano, corintiano (graças a Deus) e apaixonado pela vida, realmente se confunde com este fenômeno tão sutil, mágico e transformador que é a reprodução das flores via pólen. A obra de Réginaldo nos afeta de investigações acuradas sobre um cotidiano mágico em pequenos detalhes, carregadas de inspiração ímpar, porém generosa ao extremo, porque se revela como um presente para quem lê, dado de coração e feito com amor sem excluir ninguém. Legítimo intuito do autor.
A poesia de Réginaldo nos invade de tal maneira que, se paramos a leitura, talvez tenhamos interrompido um verdadeiro orgasmo; e tudo parece que ficou pela metade, mal feito, por dizer, indefinido. Como se o tempo perdesse a identidade, ou como qualquer coisa que possa ser contrária à vontade de suas palavras: nos tornar seres humanos melhores em tudo, conscientes do valor inestimável da vida.
Também pudera! Nosso poeta / patrimônio tem a Lua só para ele; privilégio que faz com que seus olhos nunca percam de vista o lirismo intrínseco e luminoso daquela que compartilha do mesmo brilho que lhe é ofertado e refletido, para ouvir a materialização sonora da sua verve literária, para ser sua musa, sua cúmplice, sua mulher e razão de sua vida, responsável pelos bilhões de polens que espalha por onde anda, em quem conversa, sem poupar-nos de sua oferenda infinda.
Como havia dito, voltei assim para casa. Com a certeza de que viver vale a pena, de que a poesia pode ser o remédio para a alma, para restaurar um “sorriso quebrado”, para recolher e colar os cacos da vida depois de uma paixão espatifada; ou para simplesmente observar a avenida agitada, aquelas pessoas apressadas que não se dão conta de que precisam de polens, os mesmos que numa simbiose perfeita se misturam e se originam da poesia deste ser humano lindo, deste menino iluminado: nosso Réginaldo Poeta Gomes!
Nilson Ares
Descobri também que neste esvoaçar, o processo de polinização se dá de forma indiscriminada, ou seja, acontece também entre espécies de flores distintas, afastadas uma das outras, “sem se conhecerem”, pois o fenômeno acontece pelo vento, pela água ou pelos insetos que carregam esta ilustre poeira ao visitar outras flores em busca de néctar, ou por qualquer outro motivo que o pouco conhecimento que tenho das ciências naturais não foi capaz de me esclarecer.
O contato com o livro, com o poeta paraibano, corintiano (graças a Deus) e apaixonado pela vida, realmente se confunde com este fenômeno tão sutil, mágico e transformador que é a reprodução das flores via pólen. A obra de Réginaldo nos afeta de investigações acuradas sobre um cotidiano mágico em pequenos detalhes, carregadas de inspiração ímpar, porém generosa ao extremo, porque se revela como um presente para quem lê, dado de coração e feito com amor sem excluir ninguém. Legítimo intuito do autor.
A poesia de Réginaldo nos invade de tal maneira que, se paramos a leitura, talvez tenhamos interrompido um verdadeiro orgasmo; e tudo parece que ficou pela metade, mal feito, por dizer, indefinido. Como se o tempo perdesse a identidade, ou como qualquer coisa que possa ser contrária à vontade de suas palavras: nos tornar seres humanos melhores em tudo, conscientes do valor inestimável da vida.
Também pudera! Nosso poeta / patrimônio tem a Lua só para ele; privilégio que faz com que seus olhos nunca percam de vista o lirismo intrínseco e luminoso daquela que compartilha do mesmo brilho que lhe é ofertado e refletido, para ouvir a materialização sonora da sua verve literária, para ser sua musa, sua cúmplice, sua mulher e razão de sua vida, responsável pelos bilhões de polens que espalha por onde anda, em quem conversa, sem poupar-nos de sua oferenda infinda.
Como havia dito, voltei assim para casa. Com a certeza de que viver vale a pena, de que a poesia pode ser o remédio para a alma, para restaurar um “sorriso quebrado”, para recolher e colar os cacos da vida depois de uma paixão espatifada; ou para simplesmente observar a avenida agitada, aquelas pessoas apressadas que não se dão conta de que precisam de polens, os mesmos que numa simbiose perfeita se misturam e se originam da poesia deste ser humano lindo, deste menino iluminado: nosso Réginaldo Poeta Gomes!
Nilson Ares
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Luz do dia
Essa luz do dia
Vai definir minha fotografia
Em preto e branco sem cor...
A cor da sua companhia.
Será um clique só
Sem dor nem alegria
Neutro como a luz do dia
Como a sua vida sem a minha.
Vem parando o tempo
Vem frisando o momento
Pra revelar depois
Que não foi em vão
Tanto sentimento.
E contemplar a imagem
Que originou dessa viagem
Fruto do meu pensamento
Sonho se desfez ao vento.
(2002)
Vai definir minha fotografia
Em preto e branco sem cor...
A cor da sua companhia.
Será um clique só
Sem dor nem alegria
Neutro como a luz do dia
Como a sua vida sem a minha.
Vem parando o tempo
Vem frisando o momento
Pra revelar depois
Que não foi em vão
Tanto sentimento.
E contemplar a imagem
Que originou dessa viagem
Fruto do meu pensamento
Sonho se desfez ao vento.
(2002)
terça-feira, 2 de junho de 2009
Musicando
Escrevo à tinta, a lápis, ou no computador
Meus versos, em prosa ou poesia
Eu converso com meu dia a dia
Não tem TV, não saio, a sala é grande
Um universo paralelo de letras mil
Tentando em vão
Deixar o mundo mais belo
Vou musicando pequenos trechos
Sonorizando os adereços,
Da composição eu tiro versos
Que escorrem pelos dedos da mão
E choro meu choro
Com palavra e som
Música e letra
Fluindo da respiração
É a melodia que deriva desse dom
Clareando e musicando o dia
Com a delicadeza de um artesão
Criando música e poesia
Escrevendo a harmonia
Em cada tom
Espalhando a cor
Tingindo a sala de som...
(2004)
Meus versos, em prosa ou poesia
Eu converso com meu dia a dia
Não tem TV, não saio, a sala é grande
Um universo paralelo de letras mil
Tentando em vão
Deixar o mundo mais belo
Vou musicando pequenos trechos
Sonorizando os adereços,
Da composição eu tiro versos
Que escorrem pelos dedos da mão
E choro meu choro
Com palavra e som
Música e letra
Fluindo da respiração
É a melodia que deriva desse dom
Clareando e musicando o dia
Com a delicadeza de um artesão
Criando música e poesia
Escrevendo a harmonia
Em cada tom
Espalhando a cor
Tingindo a sala de som...
(2004)
Assinar:
Postagens (Atom)